sábado, 15 de outubro de 2011

Documento do Anchieta do Ensino Fundamental à Pós graduaç PLANO DE ENSINO 2º/2009 Fundamental I ( ) Fundamental II ( ) Médio ( ) Médio Profissionalizante ( ) Profissionalizante ( ) Graduação ( X ) Pós-graduação ( ) I. Dados Identificadores Curso PEDAGOGIA Disciplina METODOLOGIA DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA Professor Iara Maria Augusto Costa / Miriam Fernandes Titulação Especialistas Semestre / Módulo 6º semestre Período noturno Série / Ano 2009 Carga Horária Semanal: 4h Semestral: 80h Anual:80h II. Ementa A disciplina proporciona, ao futuro pedagogo, o estudo dos fundamentos teórico- metodológicos para o ensino da Língua Portuguesa, de forma que, munido de conhecimentos teóricos e práticos, diretrizes ética e instrumental didático-metodológico, esteja capacitado a obter sucesso no desempenho de sua função, dando ênfase ao “como se aprende” e implementando uma ação social e cultural. Para isso propõe alternativas para o ensino aprendizagem da língua materna, de forma que o aluno adquira habilidades relativas à utilização de recursos e técnicas de desenvolvimento das linguagens oral e escrita nas atividades de construção do conhecimento da língua, como: leitura, produção e interpretação de textos, análise lingüística e avaliação. III. Objetivos 1. Objetivo Geral: Subsidiar o futuro pedagogo com a diversidade de possibilidades metodológicas e didáticas do ensino da Língua Portuguesa para produção, leitura e interpretação de textos, de forma que desenvolva competências e habilidades para planejar, executar, acompanhar e avaliar a sua prática pedagógica num processo ensino- aprendizagem centrado no modelo ação-reflexão. 2. Objetivos Específicos: ● Propiciar condições para que o aluno possa desenvolver técnicas e materiais pedagógicos relativos à leitura e ao desenvolvimento da linguagem escrita e da interpretação de textos. ● Definir estratégias de leitura e de compreensão de diversos gêneros textuais, orais e/ou escritos. ● Ampliar técnicas de leituras e de produção de textos coletivos e individuais. ● Enfatizar a orientação do processo intertextual para que o aluno reconheça que o texto contém mais do que o sentido das expressões da superfície textual, porque incorpora conhecimentos e experiências cotidianas, atitudes e intenções. ● Conhecer a reforma do ensino pelos Parâmetros Curriculares Nacionais. ● Desenvolver competências docentes para o ensino e análise lingüística: ortografia, pontuação e elementos morfossintáticos. IV. Conteúdo Programático Parâmetros Curriculares Nacionais, gêneros discursivos, análise lingüística, análise de situações de ensino-aprendizagem, reflexões sobre a prática da leitura e da escrita a partir de agrupamentos interativos, aprender para ensinar, métodos e técnicas docentes. V. Métodos/Técnicas/Recursos A proposta de ensino se baseia na construção do conhecimento, em que o professor é o mediador, um orientador do processo ensino-aprendizagem: o aluno é o sujeito, o cidadão da aula. Sendo assim, os métodos são diversificados, procurando atender às necessidades do grupo, sem abandonar o aspecto da formação individual. Cada assunto será tratado com uma prática diferenciada, que pode ser uma aula expositiva, um debate, leitura, palestra, seminário, dinâmicas de grupo, vídeos, situação-problema, teatro e outros. Os conteúdos trabalhados serão desenvolvidos a partir de projetos para atender às novas propostas educativas municipais e estaduais. VI. Avaliação A avaliação é contínua e será composta da seguinte forma: AI1 - Avaliação interdisciplinar composta pelos trabalhos interdisciplinares. Compreende as práticas acadêmicas e, também, Semana Científica. AI2 - avaliação docente composta por, no mínimo, três instrumentos, que podem ser: atividades individuais e/ou em grupo, provas, desenvolvimento de projetos e participação. Implica conceitos necessários à construção da práxis acadêmica e profissional. VII. Cronograma das atividades e práticas pedagógicas AULAS Conteúdo Programático Metodologia 1. Recepção aos alunos, discussão e apresentação do plano de ensino. Atividade coletiva 2. Apresentação da proposta de trabalhos com projetos Expositiva / dialogada 3. Parâmetros Curriculares Nacionais Expositiva, dialogada / debate 4. Aprender a ensinar a língua portuguesa, diversidade de textos e temas transversais e como trabalhar com projetos. Atividade discursiva 5. Reflexões sobre o tema da aula anterior, e apresentação do livro “Uma aventura no espaço” de Iara Jardim e Marcos Calili, Atividade em grupo 6. Os blocos de conteúdos e o tratamento didático dado aos projetos pedagógicos e às seqüências didáticas. Expositiva / dialogada 7. Reflexão e síntese sobre o tema da aula anterior (atividade de análise e produção) Atividade em grupo 8. Gêneros discursivos e recursos didáticos Expositiva / dialogada / debate 9. Reflexão sobre o tema da aula anterior Estudo dirigido (em dupla) 10. Métodos diversificados de ensino a partir de um tema transversal Trabalho em grupo – pesquisa 11. Orientação de trabalhos (dissertação, narrativa, descrição, gibi, mímica, teatro, música) organização de uma seqüência didática. Orientação pontual 12. Apresentação dos trabalhos Seminários 13. Ortografia: uma reflexão sobre as normas ortográficas – o que e como aprender ortografia Aula expositiva dialogada 14. Ortografia: Uma prática Bingo ortográfico 15. Aspectos gramaticais: situações de ensino-aprendizagem Filme – A formação de professores 16. Pontuação: a prática em discussão Debate 17. Aspectos gramaticais: contribuições à prática pedagógica Atividade em dupla 18. Avaliação docente: síntese do que foi apresentado até o momento Atividade em dupla 19. Devolutiva da avaliação Atendimento individual 20. Técnicas de leitura e organização de projetos de leitura Expositiva com atividade 21 Prática: produção de texto – refacção de textos clássicos Trabalho em grupo 22. Leitura dos textos produzidos Leitura individual à escolha do professor 23. Para que aprender a escrever Debate 24 Como deve ser a escrita Expositiva / dialogada 25. Prática: produção de texto dissertativo para análise da ortografia e da pontuação Avaliação individual 26. Devolutiva da avaliação Atendimento individual 27. Escrever melhor: a técnica da redação – o texto descritivo Expositiva, dialogada, com exemplos práticos 28. Atividade interativa sobre descrição Proposição de situação problema 29. Escrever melhor: a técnica da narração Música transcrita em diálogos 30. A função do texto narrativo em situações do dia-a-dia – a crônica Pesquisa e prática 31. O texto narrativo ficcional: os elementos da narrativa Leitura de textos, pelo professor 32. A prática da análise lingüística Exibição de filme para análise 33. Análise da estrutura narrativa do filme Expositiva / dialogada 34. As condições para a rescrita do texto Expositiva / dialogada 35. Rescrita de textos narrativos Trabalho em grupo 36. Aprendendo a ensinar escrever Estudo dirigido 37. Prática: elaboração de planos para atividades didáticas sobre as linguagens oral e escrita Orientação pontual 38. Prática: elaboração de planos para atividades didáticas sobre as linguagens oral e escrita Pesquisa e trabalho em grupo 39. Prática: elaboração de planos para atividades didáticas sobre as linguagens oral e escrita Entrega e apresentação 40. Avaliação interdisciplinar Apresentação dos trabalhos do semestre VIII. Bibliografia Básica: Título: Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário Autor: LERNER, Delia, Editora: Artmed Ano 2002 SP Título: Além da Alfabetização Autor: Teberosky, Ana; Tolchinsky, Liliana Editora: Atíca Ano 2005 SP Complementar: Titulo: Parâmetros Curriculares Nacionais Autor: SEF/MEC Editora: SEF/MEC Título: Dificuldades da leitura e da escrita em alunos do ensino básico Autor: Rebelo, José Augusto Silva Editora: Horizonte da Didática Ano 2002 SP Periódicos: Professores responsáveis Assinatura Assinatura do Coordenador: _______________________________________ Assinatura do Diretor: ____________________________________________ Data: _________________

plano de curso sobre leitura e escrita

quarta-feira, 28 de setembro de 2011


O que é educação a distância (*)

O que é educação a distância (*)


Educação a distância é o processo de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente.
  
É ensino/aprendizagem onde professores e alunos não estão normalmente juntos, fisicamente, mas podem estar conectados, interligados por tecnologias, principalmente as telemáticas, como a Internet. Mas também podem ser utilizados o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax e tecnologias semelhantes.
  
Na expressão "ensino a distância" a ênfase é dada ao papel do professor (como alguém que ensina a distância). Preferimos a palavra "educação" que é mais abrangente, embora nenhuma das expressões seja perfeitamente adequada.
  
Hoje temos a educação presencial, semi-presencial (parte presencial/parte virtual ou a distância) e educação a distância (ou virtual). A presencial é a dos cursos regulares, em qualquer nível, onde professores e alunos se encontram sempre num local físico, chamado sala de aula. É o ensino convencional. A semi-presencial acontece em parte na sala de aula e outra parte a distância, através de tecnologias. A educação a distância pode ter ou não momentos presenciais, mas acontece fundamentalmente com professores e alunos separados fisicamente no espaço e ou no tempo, mas podendo estar juntos através de tecnologias de comunicação.
  
Outro conceito importante é o de educação contínua ou continuada, que se dá no processo de formação constante, de aprender sempre, de aprender em serviço, juntando teoria e prática, refletindo sobre a própria experiência, ampliando-a com novas informações e relações.
  
A educação a distância pode ser feita nos mesmos níveis que o ensino regular. No ensino fundamental, médio, superior e na pós-graduação. É mais adequado para a educação de adultos, principalmente para aqueles que já têm experiência consolidada de aprendizagem individual e de pesquisa, como acontece no ensino de pós-graduação e também no de graduação.
  
Há modelos exclusivos de instituições de educação a distância, que só oferecem programas nessa modalidade, como a Open University da Inglaterra ou a Universidade Nacional a Distância da Espanha. A maior parte das instituições que oferecem cursos a distância também o fazem no ensino presencial. Esse é o modelo atual predominante no Brasil.
  
As tecnologias interativas, sobretudo, vêm evidenciando, na educação a distância, o que deveria ser o cerne de qualquer processo de educação: a interação e a interlocução entre todos os que estão envolvidos nesse processo.
  
Na medida em que avançam as tecnologias de comunicação virtual (que conectam pessoas que estão distantes fisicamente como a Internet, telecomunicações, videoconferência, redes de alta velocidade) o conceito de presencialidade também se altera. Poderemos ter professores externos compartilhando determinadas aulas, um professor de fora "entrando" com sua imagem e voz, na aula de outro professor... Haverá, assim, um intercâmbio maior de saberes, possibilitando que cada professor colabore, com seus conhecimentos específicos, no processo de construção do conhecimento, muitas vezes a distância.
  
O conceito de curso, de aula também muda. Hoje, ainda entendemos por aula um espaço e um tempo determinados. Mas, esse tempo e esse espaço, cada vez mais, serão flexíveis. O professor continuará "dando aula", e enriquecerá esse processo com as possibilidades que as tecnologias interativas proporcionam: para receber e responder mensagens dos alunos, criar listas de discussão e alimentar continuamente os debates e pesquisas com textos, páginas da Internet, até mesmo fora do horário específico da aula. Há uma possibilidade cada vez mais acentuada de estarmos todos presentes em muitos tempos e espaços diferentes. Assim, tanto professores quanto alunos estarão motivados, entendendo "aula" como pesquisa e intercâmbio. Nesse processo, o papel do professor vem sendo redimensionado e cada vez mais ele se torna um supervisor, um animador, um incentivador dos alunos na instigante aventura do conhecimento.
  
As crianças, pela especificidade de suas necessidades de desenvolvimento e socialização, não podem prescindir do contato físico, da interação. Mas nos cursos médios e superiores, o virtual, provavelmente, superará o presencial. Haverá, então, uma grande reorganização das escolas. Edifícios menores. Menos salas de aula e mais salas ambiente, salas de pesquisa, de encontro, interconectadas. A casa e o escritório serão, também, lugares importantes de aprendizagem.
  
Poderemos também oferecer cursos predominantemente presenciais e outros predominantemente virtuais. Isso dependerá da área de conhecimento, das necessidades concretas do currículo ou para aproveitar melhor especialistas de outras instituições, que seria difícil contratar.
  
Estamos numa fase de transição na educação a distância. Muitas organizações estão se limitando a transpor para o virtual adaptações do ensino presencial (aula multiplicada ou disponibilizada). Há um predomínio de interação virtual fria (formulários, rotinas, provas, e-mail) e alguma interação on-line (pessoas conectadas ao mesmo tempo, em lugares diferentes). Apesar disso, já é perceptível que começamos a passar dos modelos predominantemente individuais para os grupais na educação a distância. Das mídias unidirecionais, como o jornal, a televisão e o rádio, caminhamos para mídias mais interativas e mesmo os meios de comunicação tradicionais buscam novas formas de interação. Da comunicação off-line estamos evoluindo para um mix de comunicação off e on-line (em tempo real).
  
Educação a distância não é um "fast-food" em que o aluno se serve de algo pronto. É uma prática que permite um equilíbrio entre as necessidades e habilidades individuais e as do grupo - de forma presencial e virtual. Nessa perspectiva, é possível avançar rapidamente, trocar experiências, esclarecer dúvidas e inferir resultados. De agora em diante, as práticas educativas, cada vez mais, vão combinar cursos presenciais com virtuais, uma parte dos cursos presenciais será feita virtualmente, uma parte dos cursos a distância será feita de forma presencial ou virtual-presencial, ou seja, vendo-nos e ouvindo-nos, intercalando períodos de pesquisa individual com outros de pesquisa e comunicação conjunta. Alguns cursos poderemos fazê-los sozinhos, com a orientação virtual de um tutor, e em outros será importante compartilhar vivências, experiências, idéias.
  
A Internet está caminhando para ser audiovisual, para transmissão em tempo real de som e imagem (tecnologias streaming, que permitem ver o professor numa tela, acompanhar o resumo do que fala e fazer perguntas ou comentários). Cada vez será mais fácil fazer integrações mais profundas entre TV e WEB (a parte da Internet que nos permite navegar, fazer pesquisas...). Enquanto assiste a determinado programa, o telespectador começa a poder acessar simultaneamente às informações que achar interessantes sobre o programa, acessando o site da programadora na Internet ou outros bancos de dados.
  
As possibilidades educacionais que se abrem são fantásticas. Com o alargamento da banda de transmissão, como acontece na TV a cabo, torna-se mais fácil poder ver-nos e ouvir-nos a distância. Muitos cursos poderão ser realizados a distância com som e imagem, principalmente cursos de atualização, de extensão. As possibilidades de interação serão diretamente proporcionais ao número de pessoas envolvidas.
  
Teremos aulas a distância com possibilidade de interação on-line (ao vivo) e aulas presenciais com interação a distância.
  
Algumas organizações e cursos oferecerão tecnologias avançadas dentro de uma visão conservadora (só visando o lucro, multiplicando o número de alunos com poucos professores). Outras oferecerão cursos de qualidade, integrando tecnologias e propostas pedagógicas inovadoras, com foco na aprendizagem e com um mix de uso de tecnologias: ora com momentos presenciais; ora de ensino on-line (pessoas conectadas ao mesmo tempo, em lugares diferentes); adaptação ao ritmo pessoal; interação grupal; diferentes formas de avaliação, que poderá também ser mais personalizada e a partir de níveis diferenciados de visão pedagógica.
  
O processo de mudança na educação a distância não é uniforme nem fácil. Iremos mudando aos poucos, em todos os níveis e modalidades educacionais. Há uma grande desigualdade econômica, de acesso, de maturidade, de motivação das pessoas. Alguns estão preparados para a mudança, outros muitos não. É difícil mudar padrões adquiridos (gerenciais, atitudinais) das organizações, governos, dos profissionais e da sociedade. E a maioria não tem acesso a esses recursos tecnológicos, que podem democratizar o acesso à informação. Por isso, é da maior relevância possibilitar a todos o acesso às tecnologias, à informação significativa e à mediação de professores efetivamente preparados para a sua utilização inovadora.

 
Bibliografia:
  
LANDIM, Claudia Maria Ferreira. Educação a distância: algumas considerações. Rio de Janeiro, s/n, 1997.
  
LUCENA, Marisa. Um modelo de escola aberta na Internet: kidlink no Brasil. Rio de Janeiro: Brasport, 1997.
  
NISKIER, Arnaldo. Educação a distância: a tecnologia da esperança; políticas e estratégias a implantação de um sistema nacional de educação aberta e a distância. São Paulo: Loyola, 1999.
 
Páginas na Internet
  
Página do Prof. Moran: www.eca.usp.br/prof/moran/textosead.htm
 
Texto do Ivonio de Barros: Noções de Ensino a Distância: www.intelecto.net/ead/ivonio
  
Eduardo Chaves. Ensino a Distância: Conceitos básicos em:
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(*) Este texto foi publicado pela primeira vez com o título Novos caminhos do ensino a distância, no Informe CEAD - Centro de Educação a Distância. SENAI, Rio de Janeiro, ano 1, n.5, out-dezembro de 1994, páginas 1-3. Foi atualizado tanto o texto como a bibliografia em 2002.